domingo, julho 18, 2010

Projeto " A Maré que Queremos"

Os moradores mais antigos na comunidade devem se lembrar de como era difícil morar na Maré. Palafitas construídas à margem do esgoto, ruas sem pavimentação, transporte público precário, entre outras questões. Uma comunidade bem diferente da que vivemos hoje. Entretanto , alguns problemas estruturais da região atravessam o tempo e fazem como que exista uma defasagem significativa na qualidade de vida dos moradores. [...]
Encontrar resposta para tantas questões envolve repensar o papel do poder público e das instituições da Maré, de modo geral. Por isso, a Redes de Desenvolvimento da Maré (Redes da Maré) tem pautado sua atuação na busca de uma articulação de diferentes agentes locais, com o objetivo de elaborar um projeto estruturante para o bairro.
Nessa perspectiva é que as associações de moradores - instituições historicamente importantes no processo de conquista de muitos dos direitos básicos da população local - são fundamentais na elaboração do projeto denominado " A Maré que Queremos ", que está em discussão. [...]
[...] Num primeiro momento, as associações de moradores apontaram como prioridades , de forma unânime, as seguintes necessidades: saneamento básico (água e esgoto), rede pluvial, paviamentação e melhoria no sistema de coleta de lixo. O que se observou, no geral, é que apesar de um comunidade ser diferente da outra, os problemas se repetem: esgoto a céu aberto, falta de áreas de lazer, de água, luz, postes caindo, poucas árvores e má comunicação são alguns dos pontos em comum.[...]
[...] " Queremos que as reniões entre as associações e os moradores voltem a acontecer. A comunidade deve ser ouvida", afirma Eliana que em 1984, foi presidente da associação de moradores da Nova Holanda. " Esse projeto tem que a ver com a necessidade de se fortalecer o movimento social, que vem num processo de desarticulação e com pouca organicidade. Lembro que a Maré já viveu momentos no qual conseguímos juntar numa assembléia 500 pessoas para discutir como deveria ser a urbanização do bairro.Fizemos passeatas para lutar pelos direitos negados até então.", lembra ela. [...]

Estruturação da Maré

O projeto " A Maré que Queremos", previsto para ter uma primeira versão no ínicio de agosto, será discutido com orgãos da Prefeitura e do Estado e deverá servir de base para uma discussão ampla nas comunidades sobre como mobilizar os moradores neste processo de transformação do bairro num local com qualidade de vida e sem as violações de direitos vistos cotidianamente. [...]
[...] A iniciativa de " A Maré que Queremos" tem a ver com a missão da Redes, de promover a construção de uma rede de desenvolvimento sustentável no bairro por meio de projetos que articulem instâncias governamentais, empresas, organizações não-governamentais, técnicos e pesquisadores de universidades, associações locais e moradores de modo geral, além de parlamentares que atuem em temas de interesse das comunidades. Todos esses atores devem estar compromentidos com a transformação estrutural do bairro. [...]
[...] Participaram do processo de elaboração de " A Maré que Queremos" as seguintes Associações de Moradores: Baixa do Sapateiro, Conjunto Esperança, Vila do João, Roquete Pinto, Marcílio Dias, Praia de Ramos, Nova Holanda, Parque Mará, Morro do Timbau, Parque Ecológico, Vila do Pinheiro, Rubens Vaz, Salsa e Merengue, Conjunto dos Pinheiros, Nova Maré e Bento Ribeiro Dantas.
Para casa idéia apontada no projeto será pensada um forma de torná-la realidade, bem como maneiras de sensibilizar os moradores. Venha ser parte dessa luta!

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Fonte: http://jornalmaredenoticias.blogspot.com/

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