é preciso esquecer
que um dia a vida te torturou, te privou de tudo
te humilhou, te reduziu a tão pouco por tão pouco
É preciso esquecer
que os dias foram longos, pareciam eternos
e apesar de prisioneiro, compreendia a liberdade
É preciso esquecer
as noites escuras, os dias negros
e que a paz não vestia branco...estava nua
É preciso esquecer
que apanhamos tanto, que morremos muito
e sumimos demais
É precio esquecer
que lutamos, que enfrentamos, que gritamos
nas ruas, nas greves, nas celas e paus-de-araras
É preciso esquecer
daquele país, daquela bandeira, daquele hino
Mas como esquecer
Se as marcas ainda estão no corpo, na alma
Se as feridas continuam abertas em toda memória
e o meu corpo ainda estremece e se arrepia chocado
Quando hoje alguém corajosamente afirma
que a ditadura foi importante e que deveria voltar
para terminar o serviço...
(ERNESTO MALVAR, poema dedicado ao UJM. Um novo mundo é possível)
te humilhou, te reduziu a tão pouco por tão pouco
É preciso esquecer
que os dias foram longos, pareciam eternos
e apesar de prisioneiro, compreendia a liberdade
É preciso esquecer
as noites escuras, os dias negros
e que a paz não vestia branco...estava nua
É preciso esquecer
que apanhamos tanto, que morremos muito
e sumimos demais
É precio esquecer
que lutamos, que enfrentamos, que gritamos
nas ruas, nas greves, nas celas e paus-de-araras
É preciso esquecer
daquele país, daquela bandeira, daquele hino
Mas como esquecer
Se as marcas ainda estão no corpo, na alma
Se as feridas continuam abertas em toda memória
e o meu corpo ainda estremece e se arrepia chocado
Quando hoje alguém corajosamente afirma
que a ditadura foi importante e que deveria voltar
para terminar o serviço...
(ERNESTO MALVAR, poema dedicado ao UJM. Um novo mundo é possível)
Nenhum comentário:
Postar um comentário